Amigos em Cristo
Este texto tem o único intuito de incentivar as novas gerações jovens, para que digam sim ao convite de experimentar a vivência em Cristo na juventude, seja dentro do CLJ , Emaús, ACAMPS ou outro movimento paroquial.
Existem muitas maneiras de sociabilizar-se na juventude... Escotismo, esportes em equipe, todos estes condicionam um clima saudável para o desenvolvimento social, porém o sociabilizar-se na Igreja é diferente, pois dessa forma, é dotada de um “algo a mais”... Dotada de uma mística espiritual e a vivência de uma fé comum e de ideais na figura e presença viva de Jesus Cristo.
Sociabilizar-se na Igreja representa crescer em um clima saudável, de boas experiências e trocas. Na Igreja existe o aprendizado à liderança, aprendemos a enfrentar os problemas conseqüentes da convivência em grupo. É também dentro da igreja que se desenvolvem os talentos e descobrimos a verdadeira vocação. Aprende-se a aceitação do próximo, pois um clima de inclusão é criado pela imagem da grande família em Cristo, onde todos são irmãos aos cuidados da figura fraternal do padre. É dentro da Igreja que as verdadeiras amizades são consolidadas como base a religião, pois conhecemos o sentido real do “próximo” do ser irmão, também podemos observar as boas referências familiares nos casais de ‘tios” que acompanham os jovens regularmente como se fossem pais nas emblemáticas “tardes de sábado”.
Neste mês de novembro faz 10 anos que um grupo de amigos se conheceu. Conheceram-se de uma forma muito especial, pois se conheceram em Cristo.
Dessas sementes muitos foram os frutos. Hoje, alguns desses amigos são atuantes no movimento de Emáus da Arquidiocese de Porto Alegre, participando e trabalhando na evangelização dos cursos. Alguns são membros do setor juventude, outros da Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra de Porto Alegre e de Música Estadual da CNBB, são também catequistas de Crisma e responsáveis pela restauração da catequese dentro de paróquias que estavam desativadas, fundaram dois novos grupos de Emáus (Petrus e DMA) instauraram a Missa Jovem na Paróquia Dom Bosco (que há 20 anos não contava com a presença juvenil na comunidade) e começaram iniciativas de pastoral jovem na paróquia Nossa Senhora da Auxiliadora assumindo uma vez ao mês a liturgia da missa dominical com o diácono Ricardo Leal. Ainda implantaram o movimento de CLJ em duas novas paróquias (Nossa Senhora da Piedade, 2005 e São João Bosco 2007), dois novos CLJs hoje em intensa atuação nas respectivas áreas pastorais. É nessa verdadeira amizade que são os responsáveis pela elaboração de retiros de apoio à catequese de crisma e pela liturgia da missa de emaús na Paróquia Nossa Senhora do Líbano, sendo também integrante desse grupo , um dos criadores do projeto de uma escola de música e artes (TABOR), responsável também por missões evangelizadoras dentro da Arquidiocese.
Seguindo o método do mestre aprendiz, esse grupo de amigos passa pelos lugares lançando novas sementes, fazem a semeadura mas sempre abertos para assumir novos compromissos quando cientes que é chegada a hora.
Nem sempre estão todos juntos, atuam às vezes em duplas, sozinhos ou em casais. São amigos leais e possuem intensa fé em cristo. Basta um precisar de ajuda, que logo todos estão prontos a ajudar, seja em retiros, encenações, missas festivas... O coração está sempre aberto testemunhando o amor de Cristo , amor que uniu esses jovens e que ainda hoje, unidos pela fé, transformou-se e permanece em amizade .
Os Cinco Mandamentos da Igreja – “Devemos fazer mais...”
Uma coisa que muitos católicos não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os "Cinco Mandamentos da Igreja", além dos Dez Mandamentos conhecidos. Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros.
Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)
Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e conseqüentemente a Deus Pai.
De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Os Cinco Mandamentos Básicos são os seguintes.
O Catecismo da Igreja Católica ensina: "Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo." (§2041). Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455) (§2043).
Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que "quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo".
(Profº Felipe Aquino)
Podemos rezar pelos mortos?
A morte não interrompe a comunhão existente entre os seres humanos, especialmente entre aqueles que pertencem ao Corpo Místico de Cristo. O Senhor Deus, autor dessa comunhão, faz com que os justos no céu e no purgatório conheçam nossas preces e, em conseqüência, possam orar por nós. Não há comunicação direta entre o aquém e o além, mas Deus a propicia providencialmente.
Disto se segue, que e possível nossa oração aos irmãos que estão na glória do céu, não para que nos dêem graças (Deus é a única fonte de todas as graças), mas para que intercedam por nós, obtendo-nos as graças de que necessitamos. A convicção desta verdade já era presente aos judeus do Antigo Testamento; veja-se o texto de 2Mc 15,12-14: Judas Macabeu teve a visão de Onias, Sumo Sacerdote, e Jeremias profeta, ambos falecidos, que oravam pelo povo de Deus, posto em luta contra os sírios pagãos.
A tradição cristã apresenta numerosos testemunhos de pessoas santas que, ao partir deste mundo, asseguravam aos sobreviventes a sua solícita intercessão. Assim dizia Santa Teresinha: "Se o Bom Deus ouvir os meus desejos, meu céu se passará na Terra até o fim do mundo. Sim, quero passar meu céu a fazer o bem sobre a Terra. Isto não é impossível, visto que, no próprio seio da visão beatífica, os anjos velam por nós. Quando o anjo disser: `Não existe mais tempo! ' (Ap 10,6), então repousarei; poderei gozar, porque o número dos eleitos estará completo... Meu coração exulta com este pensamento" (Verba).
Também com os irmãos que estão a se purificar, antes de entrar na glória celeste, depois desta vida, continua a nossa solidariedade. Esta crença também era familiar aos judeus do Antigo Testamento, pois rezavam em sufrágio dos mortos, como atesta 2Mc 12,42-46.
Pergunta-se: podem as almas do purgatório rezar pelos peregrinos da Terra?
- São Tomás de Aquino e os teólogos, até o século passado, respondiam negativamente, alegando que as almas do purgatório é que precisam de nossas orações; nós devemos recorrer aos Santos do céu, e não a elas; cf S. Teológica II/II, qu. 83, art. 11, ad 3.
No século passado, porém, aconteceu algo que permite responder afirmativamente: o Papa Leão XIII, aos 14/12/1889 aprovou uma oração que pede às almas do purgatório que roguem pelo Papa, pela exaltação da Santa Igreja e pela paz das nações. O Concílio Vaticano II quis abster-se de tocar no assunto.
Podemos, pois, dirigir-nos às almas do purgatório, mas não esqueçamos que elas mais precisam de nossas preces do que nós precisamos das orações delas; temos os Santos da glória celeste como intercessores qualificados.
(D. Estevão Bettencourt, OSB)